segunda-feira, 4 de junho de 2007

Eis uma novidade...


Eis uma novidade….

99% da população mundial usa as casas de banho públicas....

Pronto, talvez não seja lá grande novidade… e talvez 1% seja demasiado para o pequeno número de pessoas que não usa...

De qualquer modo, não estou a falar de nenhum estudo estatístico, nem tão pouco, das largas instalações sanitárias da berma da estrada - que tanto jeito dão nas grandes viagens pelos caminhos de Portugal e arredores - estou a falar dos WC dos cafés, dos centros comerciais e inclusive das escolas...

Portanto, já devem ter reparado, como eu reparei, nas inúmeras dedicatórias que se nos apresentam à frente dos olhos enquanto, nós mulheres, fazemos um esforço enorme para não termos de nos sentar na, supostamente, imunda sanita... (esforço este que ainda hoje me surpreende, pois, se ninguém se senta nunca pode estar suja, certo? Mas isto será tema para outra conversa.)
Pensando calmamente no assunto, surgiram-me umas quantas questões que eu gostava que alguém me esclarecesse....
As cidadãs deste pais dão-se ao trabalho de escrever nas portas das ditas instalações sanitárias, dedicatórias aos seus mais-que-tudo...

Primeira questão: será antes, depois ou durante as tão conhecidas necessidades fisiológicas?

Acontecimento este, que talvez não tivesse nada de intrigante não fosse o facto da situação em si não ser a melhor das musas para tais rasgos de inspiração... além de que, expliquem-me, por favor, qual é a intenção de se escrever uma dedicatória ao namorado, amante ou marido, em tais locais? Já que estamos a falar de uma casa de banho pública feminina - pública sim - mas, sobretudo, feminina, ou seja, pressupõe-se que ali não entram personalidades masculinas....
Então de que interessa escrever na porta "Amo-te muito Manel" assinado Maria...Ou mais flagrante ainda "Casa comigo João" assinado Josefina... Se nem o Manel nem o João vai chegar a ler as ditas frases...

Contudo, levanto o meu chapéu para a originalidade do pedido de casamento, embora deixe desde já uma sugestão... quando se pede alguém em casamento convém que a mensagem passe directamente do emissor para o receptor, a não ser que a empregada de limpeza fique incumbida de transmitir o recado ao receptor.



Não fosse já bastante estranha a situação, encontrei ainda há dias a seguinte mensagem "Tiago do 11º C, amo-te muito, desde o dia em que te vi pela primeira vez não te consigo tirar do pensamento, queres namorar comigo? Assinado aquela que te ama"

Bem , esperemos que só haja um Tiago no 11º C, e que só haja um 11º C nos arredores, pois, sabemos que mesmo assim se algum dia o Tiago vier a ler a mensagem vai enfrentar a grande dificuldade de aceitar (ou não) o pedido de namoro de alguém que o ama... partindo do principio que Portugal têm aproximadamente 10 milhões de pessoas (e que maioria são mulheres...lol... talvez não...mas somos uma minoria forte...)



Por isso desde já desejo muita sorte ao Tiago do 11º C...